Como tudo começou

23/10/10

O QUE FALTA NESTE TEXTO?


Hoje trazemos aos nossos leitores um curioso desafio. Devem ler atentamente o texto que se segue e procurar descobrir, nada mais nada menos, o que é que não se encontra nele. Acreditem que é um óptimo exercício de observação. Prometemos publicar amanhã a resposta exacta. Queiram procurar no final do post.

«Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento

Trechos difíceis se resolvem com sinónimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo exercício do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objecto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?

Cultivemos nosso polifónico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores. Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.»

(Este texto foi-nos enviado num e-mail sem indicação do nome do seu autor)

Dia 24/10/2010 - O que falta no texto é precisamente a letra "A"
M.A.

3 comentários:

Fernando disse...

Provavelmente não aparecerá comentário idêntico ao meu: Li o texto 4 vezes e, seja por falta de perspicácia, de agudeza visual, seja por falta de cultura, não descobri o que é que não se encontra nele.
Inculto me confesso.

Fernando disse...

AAAAAAAAHHH !!!!!!!!!
Bem concebido, não haja dúvida.
Assim já não me declaro tão inculto.

Quica disse...

Tem graça aconteceu-me o mesmo, li várias vezes o texto, mas o A não faz falta neste texto. Estou certa ou errada?

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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