Como tudo começou

05/01/11

ROTEIRO GASTRONÓMICO DE PORTUGAL



Num mail enviado por um amigo, encontrei uma grande colecção de receitas de pratos ligados à gastronomia portuguesa e decidi de imediato partilhá-la com os nossos leitores. Pode ser que alguma dessas receitas desperte o interesse de alguém para a sua mesa da Festa dos Reis.
O texto que se segue é do nosso grande escritor Fialho de Almeida e abre precisamente a colectânea de que vos falo hoje. Pelo rico português em que está escrito acho que será a introdução ideal para todo o resto. Desfrutem pois, leitores, deste apontamento literário e, caso decidam , também das variadas receitas que encontrarem, clicando aqui.

Gastronomia - Cozinha Tradicional
A propósito de cozinha tradicional, Fialho d’Almeida, num famoso texto do 3º volume de “Os Gatos”, pronuncia-se asim sobre o que é o prato nacional:
“Uma composição culinária, característica, inconfundível. Transmite-se por tradição: os estrangeiros não sabem confeccioná-lo, mesmo naturalizados: tendo chegado até nós por processos lentos, e contraprovas de biliões de experimentadores, sucessivamente interessados em o fixar de forma irrepreensível, resulta ser ele sempre uma coisa eminentemente sápida e sadia. Isto o distingue dos pratos “compostos”, quero dizer daquelas mixórdias de comestíveis e temperos, doseados a poder de balança, exclusivamente científicas, nada intuitivas e meramente inventadas.O prato nacional é como o romanceiro nacional, um produto do génio colectivo: ninguém o inventou e inventaram-no todos: vem-se ao mundo ido por ele, e quando se deixa a pátria, antes de pai e mãe, é a primeira coisa que se lembra. Em Portugal não há província, distrito, terra, que não registe entre os monumentos locais, a especialidade de um petisco raro, sábio, fino, verdadeira sinfonia de sabores sempre sublime.In "À Mesa com Fialho de Almeida"»

Nota da autora do post- À roda dos meus 15 /16 anos decidi arranjar um livro onde iria escrever receitas da cozinha de familia. Para decorar a primeira página copiei, de um jornal um desenho da Laura Costa que completei e colori ao meu jeito, para se adequar ao tema do livro. É essa “velharia” que aparece a abrir o post de hoje.
Até breve leitores com um outro qualquer tema.
M.A.

4 comentários:

maria tereza disse...

..a nossa gastronomia k e tao rica!!!bem haja...e + se tem perdido com a vida agitada k levamos...parabens tb pela capa...ha sempre alguem k salva algo felizmente!!! 1 abraço

Quica disse...

Esta semana estou de avó. O meu neto vai folhear o livro de receitas para eu escolher uma. Mostro-lhe a receita do bolo de chocolate, "não gosto de chocolate" bolo de laranja "não gosto de lalanja" bolo de limão "não gosto de limâo". Escolho uma qualquer, porque a intenção dele é mexer nos ingredientes, barrar a forma e com a batedeira misturar tudo. Vou abrir uma pastelaria, por este andar já tenho bolos que cheguem para vender.

Quanto ao assunto deste post, é sempre do agrado de todos, a nossa gastronomia não se compara com a dos outros países.

M.A. disse...

Maria Teresa:
Seja bem vinda a este blog. Ainda bem que gostou do que encontrou. Volte sempre que queira.

Quica:
Pois é... Faça isso e depois ainda vai ser acusada de estar a aproveitar-se do trabalho infantil.
Sem dúvida que a nossa gastronomia tem coisas bastante boas. Volte sempre.

G. Reis Torgal disse...

Conheço o texto em causa. Tenho-o o usado citado por Forjaz de Sampaio na Volúpia. Tenho a 2ª Edição de Os Gatos, já a percorri e não encontro no dito III Volume essa passagem. Sabem Onde?

BEM HAJAM

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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