Como tudo começou

22/07/12

CORO DOS ANTIGOS ORFEONISTAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA




A estes antigos orfeonistas referiu-se, em Junho de 96, Sua Santidade o Papa João Paulo II, deste modo:
“Dos Anjos, diz-se que cantam no Céu…Nós andamos a ensaiar na terra para cantar com eles no Céu. Mas um pouco do Céu já se ouve, quando vós cantais.”
Também o Dr.  Almeida Santos se referiu ao Coro de uma forma interessante, dizendo “que ele é um verdadeiro escândalo, porque pura e simplesmente, recusa-se a envelhecer.” E acrescentou que, “mesmo nos casos em que a pele ganhou rugas, a alma ganhou asas e a voz sonoridades.”
Escolhi estas duas citações, que correram mundo, para abertura deste post onde venho deixar, para deleite dos nossos leitores, dois dos variados e bonitos temas cantados pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra:

-O Coro da Primavera – Queiram, p. f.  clicar aqui
-Balada do Outono – Queiram, p.f. clicar aqui

São ambos da autoria de Zeca Afonso e fizeram parte de um espectáculo dado em Bratislava.

Coro Da Primavera
Zeca Afonso

Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu

Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu

Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão

Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição

Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Livra-te do medo
Que bem cedo
Há-de o Sol queimar

E tu camarada
Põe-te em guarda
Que te vão matar 
Venham lavradeiras
Mondadeiras
Deste campo em flor

Venham enlaçadas
De mãos dadas
Semear o amor

Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Venha a maré cheia
Duma ideia
P'ra nos empurrar

Só um pensamento.
No momento
P'ra nos despertar

Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão

Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão

Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores



Balada Do Outono
Zeca Afonso

Águas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão
Acordar
Águas
Das fontes
calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Aguas
Das fontes calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Aguas

Do rio correndo
Poentes morrendo
P’ ras bandas do mar
Aguas
Das fontes calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Aguas
Das fontes calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar.



Como complemento achei que devia igualmente deixar a letra de cada uma das peças apresentadas. Espero ter ido ao encontro de quem nos lê e até uma outra oportunidade.
 M.A.
(Dados  retirados da net)

1 comentário:

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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