A estes antigos orfeonistas referiu-se,
em Junho de 96, Sua Santidade o Papa João Paulo II, deste modo:
“Dos Anjos, diz-se que
cantam no Céu…Nós andamos a ensaiar na terra para cantar com eles no Céu. Mas
um pouco do Céu já se ouve, quando vós cantais.”
Também o Dr. Almeida Santos se referiu ao Coro de uma
forma interessante, dizendo “que ele é um verdadeiro escândalo, porque pura e
simplesmente, recusa-se a envelhecer.” E acrescentou que, “mesmo nos casos em
que a pele ganhou rugas, a alma ganhou asas e a voz sonoridades.”
Escolhi estas duas citações,
que correram mundo, para abertura deste post onde venho deixar, para deleite
dos nossos leitores, dois dos variados e bonitos temas cantados pelo Coro dos
Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra:
-O Coro da Primavera –
Queiram, p. f. clicar aqui
-Balada do Outono – Queiram,
p.f. clicar aqui
São ambos da autoria de Zeca
Afonso e fizeram parte de um espectáculo dado em Bratislava.
Coro Da Primavera
Zeca Afonso
Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu
Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu
Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão
Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
Livra-te do medo
Que bem cedo
Há-de o Sol queimar
E tu camarada
Põe-te em guarda
Venham lavradeiras
Mondadeiras
Deste campo em flor
De mãos dadas
Semear o amor
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
Venha a maré cheia
Duma ideia
P'ra nos empurrar
Só um pensamento.
No momento
P'ra nos despertar
Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão
Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
Balada Do
Outono
Zeca Afonso
Águas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão
Acordar
Águas
Das fontes
calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Aguas
Das fontes calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Aguas
Do rio correndo
Poentes morrendo
P’ ras bandas do mar
Aguas
Das fontes calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Aguas
Das fontes calai
O ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar.
Como complemento achei que
devia igualmente deixar a letra de cada uma das peças apresentadas. Espero ter
ido ao encontro de quem nos lê e até uma outra oportunidade.
M.A.
(Dados retirados da net)
1 comentário:
Lindo!
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