Hoje venho contar-lhes um episódio verídico, passado há já bastantes anos e que me foi relatado por quem a ele assistiu. Tratava-se de um velho amigo da nossa casa, Bernardo de Albuquerque, proprietário de uma quinta situada na Touça, uma pequena localidade pertencente a Freixo-de-Numão.
Digamos que este relato se insere na cultura e tradição do viver do nosso povo rural e, deste modo, pretendo salientar o bom-humor associado a estas coisas.
Já que vou descrever o dito episódio, o mais aproximadamente possível da forma como o ouvi, (de acordo com as conveniências deste blogue) irei pedir ao leitor que o imagine, “com um português bem mais explícito,” na sua parte final.
Digamos que este relato se insere na cultura e tradição do viver do nosso povo rural e, deste modo, pretendo salientar o bom-humor associado a estas coisas.
Já que vou descrever o dito episódio, o mais aproximadamente possível da forma como o ouvi, (de acordo com as conveniências deste blogue) irei pedir ao leitor que o imagine, “com um português bem mais explícito,” na sua parte final.
Nessa dita terreola o barbeiro acumulava, com as funções do seu ofício, várias outras, que já não tinham nada a ver com as barbas e os cabelos, mas eram habituais naquela época: _As práticas de medicina. Estas, incluíam as sangrias, aplicação de sanguessugas e mesmo o arrancamento de dentes! Se a memória me não falha, nas PUPILAS DO SR. REITOR aparece uma personagem semelhante, cujo papel , no filme com o mesmo título, foi representado pelo saudoso actor Costinha.
Pois bem, este nosso “Fígaro-Dr.”de quem falo, foi, um dia, procurado por uma mulherzinha, com um filho pequeno, o qual se queixava de uma maleita qualquer. Após o exame feito à criança o “diagnóstico-receita” foi o seguinte:
_”Já sei…Isto, é uma intermitente renitente, remetida aos queixos ambos. Vá vocemecê para casa, dê-lhe um escalda pés, às mãos, com água tépida bem quente e a doença do rapaz não vale mesmo três… Bufas!...”
Ps: Pint.óleo 38x46 (1999) da autora do texto
M.A.
Pois bem, este nosso “Fígaro-Dr.”de quem falo, foi, um dia, procurado por uma mulherzinha, com um filho pequeno, o qual se queixava de uma maleita qualquer. Após o exame feito à criança o “diagnóstico-receita” foi o seguinte:
_”Já sei…Isto, é uma intermitente renitente, remetida aos queixos ambos. Vá vocemecê para casa, dê-lhe um escalda pés, às mãos, com água tépida bem quente e a doença do rapaz não vale mesmo três… Bufas!...”
Ps: Pint.óleo 38x46 (1999) da autora do texto
M.A.
11 comentários:
Oh Amélia não sei se lhe agradeça pelo texto, se pelo seu quadro.
Obrigada por ambos.
Quando uma colectividade tem uma sócia como a Amélia, que ainda por cima é colaboradora do Blog.....bem pode apregoar aos quatro ventos que SIMECQ é Cultura!
Sabe, Fátima que há uma lenda que conta que um certo sapo se envaideceu tanto que inchou, inchou...até que rebentou! Eu não quero correr tal risco, portanto modere lá os elogios. Um abração amigo.
Este post fica para a história por razões várias:
1 - Pelos valiosos ensinamentos, via telefónica e e-mail, dados pela Amiga Fátima Camilo;
2 - Pela vontade de M.A. em aprender como proceder para conseguir fazer o post;
3 - Pela ajuda dada por uma Neta (estes "miúdos" de agora mexem nisto como nós mexiamos na tabuada) que resolveu uma dificuldade em duas penadas, retirando um insignificante visto numa caixa onde ele não deveria estar!
Quando a Vontade, o Querer, a Colaboração Franca e Amiga se tornam uma realidade, o Objectivo é atingido.
Dito isto, ocorre-me fazer uma pergunta:
Porque não aparecem mais Homens a Colaborar e a Comentar?!
Apareçam, colaborem num Blogue que está com muito interesse, comentem, critiquem.
Parabéns às intervenientes.
Continuem, porque com este mel, não com vinagre, se caçam as moscas.
Pintura e texto: muito bons.
Vi ao serão, na TV, um belíssimo espectáculo de homenagem ao Prof Moniz Pereira em que ficou bem demonstrado o seu valor, em vários campos, inclusivè como compositor. Apetece-me pegar no título de um dos seus fados e dizer:"Valeu a pena" ter tido alguns problemas para conseguir postar este apontamento, o primeiro na vida!...
Como o F. comentou houve um certo movimento conjunto para conseguir que o resultado se alcançasse. O critério de avaliação será de quem o ler, evidentemente. Pelo que me diz respeito, procuro sempre fazer um trabalho honesto e o melhor que sei, normas que me orientaram em toda a minha vida.Para o F.um "Bem haja" especial.
Estou inteiramente de acordo com a Fátima,Fernando e Amélia, tudo se conjuga, o querer, ter vontade de saber e colocar á disposição dos leitores do blog esse trabalho de pesquisa que lhes deve tirar muitas horas de sono. Parafrazeando Fernando Pessoa "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena".Francisca
Na Cruz Quebrada existia uma barbearia, além de se fazer tudo o que a Amélia descreve, também era o local onde se sabiam as notícias em primeira mão. Francisca
Oh rapaziada! (sim que mesmo depois dos 60, são jovens na mesma)estamos todos gratos a todos. Fica bem não fica?
Não posso deixar de vos elogiar. Não há-de haver muitos jovens da vossa idade dispostos a aprender tudo isto,com a cabeça tão fresca, e sempre disposts a dar mais a mais de si mesmo.
Francisca não me diga que fala da barbearia do Ti-Zé!?
Já viu que se não fosse ele(s), sem internet, sem tantos canais de Tv e sem os jornais gratuitos, as notícias não se difundiam?????
Isto não é um "post", é antes uma elevada tertúlia, parece-me (shhh reparem...) ouvir bem de fundo uma suave pianada, e o cheiro de um bolo que saírá do forno não tarda. Ai se isto da net e do mundo moderno não nos afastasse mais do que aproxima, bem que morderia uma bela fatia desse bolo e deixaria falar quem sabe...
Abraços do Miguel de Sempre
Francisca
Olá Miguel, já tinha saudades da sua presença. Quanto á dentadinha no bolo, vamos a isso. É só combinar. No nosso Atelier de Artes temos muito prazer em partilhar um bolo, quanto mais não seja, pelo convívio.
Apareça Miguel, está sempre no nosso coração.
Francisca, quando é?
Cá por mim, Miguel ainda prefiro qualquer coisa sem ser bolo, talvez um salgadinho. Quanto à música acho bem. A propósito há para o mês de Abril música no CCB.Quanto à tertúlia...combine-se. Até porque tenho muito mais "histórias do circo para contar"...A outra foi só uma amostra.
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