Cumprindo uma promessa feita há dias (por favor clique aqui) venho de novo conversar convosco sobre este Santo tão querido de nós portugueses e, de mim em particular.
Sabemos que ele nasceu em Lisboa em 15 de Agosto de 1195 e veio a morrer, apenas com 36 anos, em Pádua em 13 de Junho de 1231. O seu nome de baptismo foi Fernando Martin de Bulhões e Taveira Azevedo.
Aos 15 anos entrou para um Convento de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, porém, dez anos mais tarde, em Coimbra, impressionado por pregações ouvidas a uns frades franciscanos, resolveu ingressar na Ordem dos Franciscanos onde irá manter-se até à morte. É nesta altura que adopta também o nome de António.
Tornou-se um pregador culto e apaixonado e leccionou teologia em várias universidades europeias. Passou também pelo Brasil. O seu amor aos pobres foi igualmente uma das suas características marcantes. Toda a sua vida foi tão cheia de actuação e exemplos marcantes que fez o Papa Pio XII, em 1946 elevá-lo a Doutor da Igreja. A sua canonização foi a mais célere que se conhece na história da Igreja, ocorreu apenas 11 meses e 17 dias após a sua morte.
Sabemos que ele nasceu em Lisboa em 15 de Agosto de 1195 e veio a morrer, apenas com 36 anos, em Pádua em 13 de Junho de 1231. O seu nome de baptismo foi Fernando Martin de Bulhões e Taveira Azevedo.
Aos 15 anos entrou para um Convento de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, porém, dez anos mais tarde, em Coimbra, impressionado por pregações ouvidas a uns frades franciscanos, resolveu ingressar na Ordem dos Franciscanos onde irá manter-se até à morte. É nesta altura que adopta também o nome de António.
Tornou-se um pregador culto e apaixonado e leccionou teologia em várias universidades europeias. Passou também pelo Brasil. O seu amor aos pobres foi igualmente uma das suas características marcantes. Toda a sua vida foi tão cheia de actuação e exemplos marcantes que fez o Papa Pio XII, em 1946 elevá-lo a Doutor da Igreja. A sua canonização foi a mais célere que se conhece na história da Igreja, ocorreu apenas 11 meses e 17 dias após a sua morte.
Pádua, a cidade italiana onde viveu os últimos anos, adoptou-o como seu padroeiro, chamando-o simplesmente Il Santo. Erigiu com o seu nome, uma Basílica, onde num imponente túmulo se guardam os seus restos mortais. Posso dizer-vos que são inúmeros os testemunhos de fé que nele vi, colocados por devotos, dando conta de graças recebidas. Também neste local se mostram o seu hábito e a sua língua, esta, dentro de um relicário de vidro.
Mas Lisboa reivindica também a forte ligação a este tão popular santo! Como já disse muita gente estará mesmo convencida de que é ele o padroeiro da cidade, pelo facto do 13 de Junho ser Feriado Municipal. Esclareça-se, em abono da verdade que não, o padroeiro de Lisboa é efectivamente S.Vicente.
E será que sabem que Santo António tem também uma carreira militar, ainda que simbólica? Eu explico:
Por iniciativa de D. Afonso VI, em 1665, S. António, ( já muito depois da sua morte ) “assentou praça” no 2º Regimento de Infantaria de Lagos. Tinha, como qualquer outro soldado, direito a um soldo que, neste caso, era usado para ajudar os soldados doentes. Depois, outros regimentos seguiram o mesmo exemplo. Uma sua imagem foi ,por exemplo, desde meados do Sec XVII, a protectora do Reg. de Inf. 19, em Cascais e acompanhou sempre o Regimento nas campanhas da Guerra Peninsular, razão pela qual, ostenta ao peito a medalha referente à dita Guerra. É a imagem que abre este post e que está hoje no Museu Militar do Buçaco.
O Marquês de Pombal, em dada altura, entendeu “cortar-lhe o vencimento”, determinando que continuaria no Exército, sim, mas… gratuitamente! Já nessa altura surgiam medidas restritivas, come se vê! Porém, logo depois, no seu reinado, D. Maria I, veio repor a situação anterior. Até o General Junot, em 1807, num dos seus despachos que se encontram registados, se confessou devoto de Santo António e lhe manteve todos os seus direitos, nesta altura já promovido ao posto de Tenente-Coronel.
Por iniciativa de D. Afonso VI, em 1665, S. António, ( já muito depois da sua morte ) “assentou praça” no 2º Regimento de Infantaria de Lagos. Tinha, como qualquer outro soldado, direito a um soldo que, neste caso, era usado para ajudar os soldados doentes. Depois, outros regimentos seguiram o mesmo exemplo. Uma sua imagem foi ,por exemplo, desde meados do Sec XVII, a protectora do Reg. de Inf. 19, em Cascais e acompanhou sempre o Regimento nas campanhas da Guerra Peninsular, razão pela qual, ostenta ao peito a medalha referente à dita Guerra. É a imagem que abre este post e que está hoje no Museu Militar do Buçaco.
O Marquês de Pombal, em dada altura, entendeu “cortar-lhe o vencimento”, determinando que continuaria no Exército, sim, mas… gratuitamente! Já nessa altura surgiam medidas restritivas, come se vê! Porém, logo depois, no seu reinado, D. Maria I, veio repor a situação anterior. Até o General Junot, em 1807, num dos seus despachos que se encontram registados, se confessou devoto de Santo António e lhe manteve todos os seus direitos, nesta altura já promovido ao posto de Tenente-Coronel.
Mas, a sua fama popular é, como já referi no post anterior, sobretudo como santo casamenteiro e advogado no aparecimento de objectos perdidos.
Deixo-vos duas fotos de Pádua e outras de alguns Santo Antónios que tenho em casa. Vejam que engraçados são, por exemplo, os do conjunto artesanal, em barro. São de dois ceramistas ali da zona de Coimbra.
Deixo-vos duas fotos de Pádua e outras de alguns Santo Antónios que tenho em casa. Vejam que engraçados são, por exemplo, os do conjunto artesanal, em barro. São de dois ceramistas ali da zona de Coimbra.
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1- Imagem que se encontra no Museu do Buçaco
2 e 3-Basílica em Pádua e Túmulo do Santo
4- Imagens em madeira Sec. XIX
5-Barro (original da autora do post)
6-Barros de Miguel Lemos e Pias
M.A.
9 comentários:
Visitantes do Blog, já viram a escultura feita pela Amélia, já????
O sorriso doce deste Santo António, reflecte bem a serenidade da sua autora.
Parabéns Amélia pela história que nos conta aqui, e pela escultura.
Eu tenho lá o livro com a história do santo.
Beijinhos :)
Pepper: por favor identifique o livro, tenho curiosidade e quero aprender mais.
Adoro Santo António. Pensei que ele fosse o Santo Patrono de Lisboa... afinal é S. Vicente.
"Estamos sempre a aprender". Obrigada, Amélia, pelas suas preciosas informações.
Ana Pais:
Nada tem que agradecer. Se ficou a saber algo que desconhecia, tanto melhor.
Entre os Santos não deve haver as rivalidades que se encontram por este mundo, daí, acreditar que S.Vicente e Santo António poderão mesmo dividir o trono de padroeiro da capital sem que haja problemas com isso.
Apareça sempre que queira. M.A.
Santo António de Lisboa
tem fama de casamenteiro
deixa lá os casamentos.....
e dá-nos é mais dinheiro!!!!!!
Devota de Santo António me confesso, um Franciscano por oposição à opulência da Igreja.
Excelente este trabalho da M.A.
Se quiser ver uma bela peça de Arte Sacra espreite no Oeiras Local e siga o link para ver a imagem completa. :)
Abraço
I.
NB - Desculpem a referência ao blog O.L. mas tem apenas em vista a divulgação de mais uma imagem do Santo.
Ainda sobre São Vicente, o Santo Padroeiro de Lisboa, conta a história que só viu Lisboa depois de morto.
http://a-redea-solta.blogspot.com/2005/09/lisboa-livro-de-bordo.html
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I.
Cá para mim, Isabel, foi mesmo ao "contrário", Lisboa é que viu o S. Vicente. Se ele já vinha morto...tinha os olhinhos fechados! Foram os corvos que o conduziram até estas paragens...
Obrigados ficamos pela visita e comentários
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