Querendo depois justificar-se perante o confessor, que o reprehendia do excessivo amor que tinha ao vinho e ao abuso que delle fazia, respondeu-lhe: _Meu padre, o bom vinho faz o bom sangue; o bom sangue produz bom humor: o bom humor leva-nos aos bons pensamentos: os bons pensamentos persuadem as boas obras: e as boas obras abrem as portas do céo.
Retirado do livro «Gente do Campo», de 1870. Conservada a grafia usada no livro)
M.A.
4 comentários:
Olá!
Boa argumentação...
O importante era defender o seu ponto de vista
eheheh
Beijocas
eheheh, o que importa é nunca perder o tino!!!!
O vinho nessa época devia ter outra graduação.
Já tenho visto alguns com um humor muito negro.
Venha o copo, venha o vinho,
venha mais meia canada:
eu cá sem copo não bebo
e, sem vinho, não sou nada!
O vinho é coisa boa,
que nasce da cepa torta:
a uns faz perder o tino,
a outros errar a porta.
Quando me dói a cabeça
e me quer cair ao chão,
bebo mais uma pinguinha,
quer ela caia, quer não.
O vinho das nossas cepas
não é vinho, é licor:
e bebe-se, com prazer,
até no altar do Senhor!
Cantigas do Grande Cancioneiro do Alto Douro
aps
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