No nosso dia a dia estamos continuamente a deparar com o emprego de medidas de capacidade, de peso, de volume, de área, de comprimento, etc. Estas são as mais correntes porque muitas outras há, mais específicas, campo por onde eu não me atrevo sequer a entrar.
Vejamos o que se passa no supermercado. A maior parte dos artigos está pronta a ser trazida por nós que, olhamos para as embalagens, geralmente plastificadas, escolhemos este tamanho ou aquele consoante o que nos faz falta em casa e lá vamos direitos à cx. para pagar. Poucos serão os artigos que somos obrigados a levar ainda à balança, estou a lembrar-me da carne, do peixe, dos legumes e fruta, mas, mesmo estes, também já há a possibilidade de os encontrar em embalagens já pesadas.
Vejamos o que se passa no supermercado. A maior parte dos artigos está pronta a ser trazida por nós que, olhamos para as embalagens, geralmente plastificadas, escolhemos este tamanho ou aquele consoante o que nos faz falta em casa e lá vamos direitos à cx. para pagar. Poucos serão os artigos que somos obrigados a levar ainda à balança, estou a lembrar-me da carne, do peixe, dos legumes e fruta, mas, mesmo estes, também já há a possibilidade de os encontrar em embalagens já pesadas.
Que contraste com as antigas mercearias de bairro!... Estas, eram lojas geralmente atravessadas por um balcão que separava os clientes de quem os atendia e rodeadas de armários ou prateleiras onde estavam expostos artigos vários. Na parte inferior das prateleiras, viam-se as tulhas, uma espécie de cxs. de madeira com tampa inclinada, onde o arroz, o açúcar, o feijão, a massa, os diversos cereais, etc. etc. estavam arrecadados. Era dali que, consoante o pedido dos clientes, o merceeiro (geralmente vestido com uma bata escura) enchia os cartuchos de papel pardo, que, a seguir, seriam pesados na balança. O azeite saía de um aparelho colocado sobre o balcão, que, por sucção o tirava do depósito situado na parte inferior, directamente para a garrafa, ou a almotolia que fora trazida pelo cliente.
O leite, quando não se ia buscar mesmo às quintas, onde havia vacas, era trazido em grandes canados de zinco que tinham uma torneirinha na parte inferior e assim era vendido porta a porta.
O vinho vendia-se a granel, nas tabernas, onde passava do pipo para a medida de folha de zinco e, a seguir, por um funil para a garrafa que o cliente levara de casa.
A medição de terrenos fazia-se com a chamada corrente de agrimensor ou, por vezes, até servia um cordel com marcas feitas com de tinta de côr.
A lenha, era medida no monte com um estere, uma espécie de grade que correspondia a um metro cúbico.
Tudo isto veio à minha memória como recordação de infância, quando, tive sob os olhos umas fotos de pesos e medidas antigas que, em 2005, estiveram numa exposição. Certos, nomes eram-me familiares outros, não, claro! Aqui deixo fotos de alguns desses pesos e medidas que são pertença da Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, uma instituição cultural de utilidade pública fundada em 1881 e que desenvolve intensa actividade cultural. Sei que há lá mais colecções de interesse para além desta. Será, pois, um bom motivo para uma ida a Guimarães. Queira clicar aqui para saber mais.
Neste parágrafo anterior está, pois, a razão principal, que hoje me trouxe à conversa com os leitores. Espero que gostem , como eu própria gostei.
Colecção de pesos (?)
Caixa em metal c/ balança e pesos Sec. XIX
Alqueire (12,6 l) 1575
Balança de pesar linho Sec. XIX
Cadeia de agrimensor Sec. XIX
Balança de pesar linho Sec. XIX
Cadeia de agrimensor Sec. XIX
½ Canada (1 l ) 1575 (?)
M.A.
2 comentários:
Ainda sou do tempo, das medidas e dos pesos. Adorava ir à mercearia e o dono ou o empregado deixar-me pesar as várias coisas que comprava.
Guimarães tem um polo universitário e cientifico muito importante para o nosso país.
Este património que conseguiram juntar é de um valor extraordinário.
na minha juventude nos mercados e mercearias tudo era medido com utensilios como estes.belas recordações.
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