Tudo começa em Maio de 1822, mais concretamente no dia 28, quando um grupo de rapazes que brincava na margem direita do rio Jamor - nessa época um canal navegável e de águas límpidas; junto ao Casal da Rocha, avista um melro e segundo a história, ao tentarem apanhá-lo, encontram um coelho que rapidamente passa a ser agora o perseguido.
O coelho, escondeu-se num buraco que tentaram desobstruir, mas, à medida que nele iam entrando, constataram que se tratava de uma gruta funerária, com vestígios de ossadas humanas. Ali encontraram também, 3 dias depois, a 31 de Maio de 1822, uma pequenina Imagem reconhecida como sendo de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, ao que o povo acrescentou «da Rocha» por referência ao local.
Esta descoberta foi rapidamente divulgada e muita gente acorreu a ver a tal gruta e a prestar culto à Imagem encontrada.
Nessa altura, o nosso país encontrava-se numa situação económica e social grave e havia várias décadas que se prolongavam os sofrimentos e infortúnios dos portugueses, pelo que, neste contexto, a Imagem de Nossa Senhora aparecida na Gruta da Rocha, constituiu um sinal de esperança, aqui crescendo, em número e devoção, as preces dos portugueses à Protectora e Padroeira do Reino.
O rei D. João VI, por achar o lugar pouco próprio para nele se efectuar o culto público à Imagem, mandou trasladar a mesma para a Sé Patriarcal de Lisboa, ainda nesse mesmo ano, onde se manteve durante mais 61 anos.
Tomás Ribeiro, homem de muita fé e influência na vida pública, ao passar umas férias de Verão em Carnaxide, tomou conhecimento da tristeza do povo por lhe terem levado a Milagrosa Imagem de Nossa Senhora. Com os seus esforços, conseguiu devolver a Imagem ao povo desta zona, tendo ocorrido a sua trasladação, desta vez, da Sé Patriarcal de Lisboa para a Igreja Paroquial de São Romão de Carnaxide, em 1883, onde veio a permanecer durante 10 anos até à conclusão da construção do Santuário.
Finalmente, em 1893, concluiu-se a construção do Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, tendo sido para aí trasladada definitivamente a Imagem, numa cerimónia religiosa imponente, a qual contou com a presença da rainha D. Amélia, dos príncipes D. Luiz Filipe e D. Manuel, do Presidente do Conselho Dr. Hintze Ribeiro e mais entidades de relevo. A Praia da Cruz Quebrada foi palco do desembarque da imagem que seguiu em procissão até Carnaxide.
Actualmente, a imagem encontra-se exposta numa peanha, na zona do altar-mor do Santuário.A gruta que se encontra por debaixo do Santuário, está aberta ao público durante as festividades anuais, fazendo-se a entrada por uma modesta porta lateral que não deixa antever o seu interior, uma gruta do período terciário.
O Santuário da Rocha é um dos santuários marianos mais visitados da região de Lisboa e, todos anos, em Maio, organiza festejos comemorativos da aparição, onde ocorrem muitos devotos e visitantes.
(Texto e imagem recolhidos na Net)
M.A.
(Texto e imagem recolhidos na Net)
M.A.
3 comentários:
E a festa está a começar.
No ultimo Domingo de Maio, é o auge...
Quando eu era pequena fazia-se picnic no monte, onde agora passa a auto estrada...
Fiquei a aprender um bocadinho mais!
Beijos
Estas festas da Nossa Senhora da Rocha, têm uma grande afluência.
Organizam uma procissão, feira, e bailaricos.
Todos os anos é uma atracção para as gentes destas redondezas.
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