Do nosso amigo F. Andrade já publicamos anteriormente dois posts em que foram mostradas as 1ª e 2ª partes das magníficas imagens captadas num passeio nocturno pela cidade em título. Poderão recordá-los aqui e aqui. Hoje trazemos as restantes. Mais do que possam dizer as nossas palavras falará a qualidade de mais este conjunto de fotos que, desta vez, têm como fundo musical Tchaikovky. Como receamos que os dados escritos sejam, no vídeo, pouco visíveis resolvemos, para os mais interessados, deixá-los também nesta apresentação.
Capela da Santa Cruz –sécs. XVII e XVIII (Texto do slide 4
Durante a Idade Média, as confrarias da Santa Cruz tinham o piedoso exercício do enterro dos mortos. E, apesar do aparecimento das misericórdias, que as vão substituindo naquele encargo pio, a partir dos fins do séc. XV, a casa de Santa Cruz de Miranda consegue manter-se como uma confraria muito dinâmica, tendo merecido indulgências do Papa Sisto V, em 1589.
A capela do séc. XVII foi completamente reformada na centúria seguinte, conforme nos diz a data marcada por cima do vértice do frontão, que, na sua pureza geométrica, fala a linguagem neoclássica, com ligeiras sílabas de barroco. No seu interior, pode ver-se um quadro do séc. XVIII, sobre a Invenção da Santa Cruz, de Damião Bustamane.
Igreja da Misericórdia –sécs. XVI, XVII e XVIII (Texto do slide 7)
A Santa Casa da Misericórdia foi fundada pelo bispo D. Rodrigo de Carvalho, entre 1554 e 1559. A construção da sua igreja terá ficado pronta em 1589. A janela neoclássica da fachada é do séc. XVIII. Depois da Sé, que ainda não estava concluída, o maneirismo plasmou‐se também neste templo, como nos mostra o arco de meio ponto do portal, ladeado por duas colunas toscanas, com capitéis dóricos. No interior, o retábulo do altar‐mor, o das almas e o da Senhora da Misericórdia, todos do séc. XVII, merecem uma visita atenta. Encostado ao seu lado sul, funcionou, entre 1578 e 1958, o Hospital da Santa Casa.
Castelo –sécs. XI, XIII, XV e XVII (Texto do slide 10)
Obra de D. Dinis, erguida em pequeno aparelho misto de matriz romana pela Ordem de Avis, nos finais do séc. XIII. De forma rectangular, reforçavam-na nos ângulos quatro torres. A de menagem era a maior e fechava o pátio do lado mais frágil da defesa. No canto noroeste, ainda podemos ver a porta da traição. Ao centro, abre-se o poço, com 46 degraus. No início do séc. XV, D. João I acrescentou-lhe a 5ª torre, com as suas armas na fachada sul, a única parcialmente de pé. No séc. XVII, foi envolvida a sul por uma estrutura pirobalística. Já antes, nos finais do séc. XV, a revolução da pólvora tinha obrigado à construção da barreira nova, com bocas de fogo, algumas das quais ainda se mantêm. Aqui residiram também alguns dos primeiros bispos de Miranda, na segunda metade do séc. XVI, enquanto não ficou pronto o paço episcopal. A alcáçova foi arrasada pela explosão do paiol da pólvora, em 8 de Maio de 1762, quando a cidade foi tomada pelo exército de Carlos III de Espanha, durante a Guerra dos Sete Anos que, tendo explodido na América do Norte, em 1757, precipitou, cinco anos depois, o declínio de Miranda do Douro, até então uma das maiores praças de armas de Trás-os-Montes
Capela da Santa Cruz –sécs. XVII e XVIII (Texto do slide 4
Durante a Idade Média, as confrarias da Santa Cruz tinham o piedoso exercício do enterro dos mortos. E, apesar do aparecimento das misericórdias, que as vão substituindo naquele encargo pio, a partir dos fins do séc. XV, a casa de Santa Cruz de Miranda consegue manter-se como uma confraria muito dinâmica, tendo merecido indulgências do Papa Sisto V, em 1589.
A capela do séc. XVII foi completamente reformada na centúria seguinte, conforme nos diz a data marcada por cima do vértice do frontão, que, na sua pureza geométrica, fala a linguagem neoclássica, com ligeiras sílabas de barroco. No seu interior, pode ver-se um quadro do séc. XVIII, sobre a Invenção da Santa Cruz, de Damião Bustamane.
Igreja da Misericórdia –sécs. XVI, XVII e XVIII (Texto do slide 7)
A Santa Casa da Misericórdia foi fundada pelo bispo D. Rodrigo de Carvalho, entre 1554 e 1559. A construção da sua igreja terá ficado pronta em 1589. A janela neoclássica da fachada é do séc. XVIII. Depois da Sé, que ainda não estava concluída, o maneirismo plasmou‐se também neste templo, como nos mostra o arco de meio ponto do portal, ladeado por duas colunas toscanas, com capitéis dóricos. No interior, o retábulo do altar‐mor, o das almas e o da Senhora da Misericórdia, todos do séc. XVII, merecem uma visita atenta. Encostado ao seu lado sul, funcionou, entre 1578 e 1958, o Hospital da Santa Casa.
Castelo –sécs. XI, XIII, XV e XVII (Texto do slide 10)
Obra de D. Dinis, erguida em pequeno aparelho misto de matriz romana pela Ordem de Avis, nos finais do séc. XIII. De forma rectangular, reforçavam-na nos ângulos quatro torres. A de menagem era a maior e fechava o pátio do lado mais frágil da defesa. No canto noroeste, ainda podemos ver a porta da traição. Ao centro, abre-se o poço, com 46 degraus. No início do séc. XV, D. João I acrescentou-lhe a 5ª torre, com as suas armas na fachada sul, a única parcialmente de pé. No séc. XVII, foi envolvida a sul por uma estrutura pirobalística. Já antes, nos finais do séc. XV, a revolução da pólvora tinha obrigado à construção da barreira nova, com bocas de fogo, algumas das quais ainda se mantêm. Aqui residiram também alguns dos primeiros bispos de Miranda, na segunda metade do séc. XVI, enquanto não ficou pronto o paço episcopal. A alcáçova foi arrasada pela explosão do paiol da pólvora, em 8 de Maio de 1762, quando a cidade foi tomada pelo exército de Carlos III de Espanha, durante a Guerra dos Sete Anos que, tendo explodido na América do Norte, em 1757, precipitou, cinco anos depois, o declínio de Miranda do Douro, até então uma das maiores praças de armas de Trás-os-Montes
Esperamos que tenha sido agradável,para todos, percorrer Miranda do Douro através dos olhos deste amigo, a quem agradecemos sinceramente a partilha que fez da sua arte. Para nós foi um privilégio divulgá-la.
M.A.
3 comentários:
Obrigada ao F. Andrade pelos vídeos e a vós por nos proporcionarem belos momentos e o conhecimento de algum do património deste nosso belíssimo país, que muitos teimam em não ver.
Gostei imenso das imagens do Castelo e de toda a zona histórica, aliás de toda a cidade, rica em belíssima arquitectura.
Obrigada pelo muito que aprendi aqui.
Beijinhos
Branca
Antes de me deitar, não resisti à tentenção de ver o que estava no Blog. Ainda bem que o fiz, a descrição como sempre é impecável, os videos realizados pelo Fernando são sempre de uma grande qualidade, quanto às fotografias não são precisas palavras,são do melhor que há.
Brancamar:
Estamos de acordo em que esta cidade é realmente rica no património que possui.
F. Andrade, com a sua sensibilidade e técnica soube tirar partido disso e associando toda a serenidade da noite aos recantos que escolheu e fotografou, levou-nos a fazer um passeio de encanto.
Quica:
Ir dormir, depois deste virtual passeio nocturno pela Cidade de Miranda do Douro até lhe trouxe um descanso mais repousante!
Obrigadas pela vossa visita
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