Como tudo começou

25/04/12

PEDRA FILOSOFAL




De tempos em tempos  surgem poemas, ou canções, que nos ficam na ideia para o resto da vida.
Desta vez, foi um Ilustre professor de Físico-Química, de nome Rómulo de Carvalho, que sob o pseudónimo de António Gedeão ( para saber dados biográficos clique aqui) escreveu, certo dia o inspirado Pedra Filosofal.
O tema principal é o sonho que nasce com o homem, se vai renovando e acompanhando-o vida fora e que, o autor, associa à alquimia, fazendo comparações e associações, com a arte, com a técnica, com as nossas caravelas e descobrimentos, etc. etc., enfim com o constante desejo de uma ida  mais além, nos conhecimentos. Vai enumerando  nesta linguagem poética  e onírica uma imensidade de objectos nos quais, de repente, até  nós próprios  encontramos ligações.
A pedra filosofal está ligada a uma lenda em que se conta que  ela seria a substância usada para transformar  determinados metais em ouro e, na antiguidade, muitos alquimistas se debruçaram sobre tais experiências. Seguindo essa linha de pensamento, no poema,  “o sonho” será também a tal componente que levará o homem  a atingir os grandes feitos na vida e é curioso como ele termina com uma  humilde comparação “da bola colorida  que  pulando pela mão duma criança fará o mundo pular e avançar sempre um pouco mais” Isto é, também, um Hino à esperança que deve sempre existir em  cada ser humano.
Um dia. o Manuel Freire pegou neste poema e musicou-o, igualmente com enorme inspiração e, deste “casamento de letra e música” surgiu a maravilhosa canção que correu mundo sob o nome de Pedra Filosofal, que hoje podereis ouvir clicando aqui.
Já agora não resisto a contar-vos uma pequenina curiosidade ligada a esta canção:
Manuel Freire, sem intenção omitiu um verso ao poema. Quando o ouvimos cantar  ‘bichinho álacre e sedento  de focinho pontiagudo – no perpétuo movimento’  e comparamos com o que o autor do poema escreveu vemos que teria que ser  ‘bichinho álacre e sedento de focinho pontiagudo – que fura através de tudo – no perpétuo movimento’.
Manuel Freire contou que António Gedeão tendo assistido a alguns ensaios da canção jamais se referiu ao lapso. E, quando Manuel Freire, um dia, deu pela omissão, aborrecido pelo facto, apressou-se a ir junto do professor desculpar-se e  explicar-se, .foi recebido com a maior das simpatias pelo autor da letra que desvalorizou o assunto e lhe disse que mantivesse a gravação assim mesmo pois, aquele verso não seria, de todo, imprescindível para todo o resto do poema. Foi um gesto bem simpático, não estragar todo o anterior trabalho do cantor.
M.A.

3 comentários:

Quica disse...

Pedra filosofal, o meu poema preferido.

Hanaé Pais disse...

Que agradável, foi este recordar.

M.A. disse...

Quica e Hanaé Pais:

O que é bonito não tem idade! Ainda bem que gostaram. Voltem sempre!

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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