Como tudo começou

04/10/08

BOM HUMOR E FRIOLEIRAS

Conforme prometi no post sobre “Renda de Frioleiras”, aqui colocado no dia 30/9 p.p. aqui estou para contar o tal episódio humorístico:

Pelas minhas recordações isto ter-se-á passado aí por 1945/50.
Um serão na província, numa sala de família. Enquanto se ouvia telefonia eu estava então revolteando mãos e dedos fazendo uma renda destas.

Para tratar de um qualquer assunto apareceu um indivíduo procurando o meu Pai e, com o à vontade que era habitual, foi mandado entrar para a sala onde todos estávamos.
Por certo nem me terei apercebido mas, a dita visita, terá ficado atenta e mesmo um tanto intrigada, com o que eu estava a fazer, indo, mais tarde, para casa, contar à mulher que eu sabia fazer renda sem agulhas, só com as mãos!

A mulher duvidou dele e, porque decerto lhe conhecia bem os hábitos, argumentou que ele estava era já tão bêbado que nem conseguira ver direito. Gerou-se uma briga rija entre o casal e imaginem só, um ou dois dias depois apareceu o homem de novo lá em casa, desta vez querendo falar comigo.

Um tanto encavacado, é certo, mas pedindo-me se lhe dizia o nome daquela renda que se fazia sem as agulhas que ele estava habituado a ver usar para, deste modo, se reabilitar junto da cara metade, pela acusação injusta que ela lhe fizera, de que se encontrava com os copos!

Perdida de riso lá lhe dei todos os esclarecimentos pedidos mas, num encontro posterior, com a esposa dele , numa das ruas da terra, não escapei a uma nova, abordagem para repetir a dita informação.

Pelo menos daquela vez o bom do homem estava inocente!

M.A.

5 comentários:

Anónimo disse...

M.A.
Vamos organizar o workshop de frioleiras.
Convido-a a ensinar essa arte com linhas e navettes.

Anónimo disse...

Do que o pobre se safou.......

António Inglês disse...

Olá Fátima

Li esta sua história de uma época em que eu ainda não era gente e gostei. Mas ficou-me a pulga atrás da orelha... então afinal sempre qual foi a explicação para a tal renda sem agulhas...
Por certo que com a idade que teria na altura lá em casa não deveriam deixá-la mexer em agulhas presumo...
Um abraço e um bom fim de semana
António

Anónimo disse...

Para António Inglês:
Obrigada pela sua visita,pelo interesse na leitura do post e pelo comentário deixado.
Se reler o post do dia 30/9 verá que esta renda, chamada frioleiras, é justamente feita com a tal navette que ali se mostra, portanto o bom do homem não via agulha de crochet nenhuma nas minhas mãos. Por outro lado,nesta altura, muito cedo as meninas aprendiam estas "prendas".Imagine até que guardo ainda hoje um bordado que fiz com 5 anos! Confesso porém que,talvez pelo facto de ter dois irmãos mais velhos, também fui um tanto Maria rapaz e competia com eles em actividades menos delicadas que as rendas e os bordados!
Volte sempre que queira.Bom fim de semana.

Anónimo disse...

De novo para António Inglês:

Reparei só agora que, no seu comentário, está a dirigir-se à Fátima e, afinal, não foi ela a dar a resposta. Em boa verdade este post é da autoria do outro membro da equipa do Simecq Cultura. De qualquer modo penso que ficou elucidado com o que escrevi.
Renovo os agradecimentos.

Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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