Como tudo começou

17/05/08

FLUVIÁRIO DE MORA COM MENÇÃO HONROSA NA BIAU 08



O Fluviário de Mora ganhou uma Menção Honrosa, na categoria de Melhor Obra, na VI edição da Bienal Ibero-Americana de Arquitectura e Urbanismo (BIAU). O projecto, da responsabilidade da Promontório Arquitectos Associados, foi um dos sete trabalhos de arquitectura nacionais candidatos ao prémio "Melhor Obra" daquela Bienal, que também entregou uma menção honrosa à envolvente do Mosteiro de Santa Maria, em Alcobaça. Descrito como «um volume compacto e monolítico protegido do escaldante sol alentejano por um conjunto de finos pórticos equidistantes», o Fluviário prepara-se para, ainda este ano, sofrer algumas obras de aumento da sua capacidade expositiva. A BIAU é desde 1998 o mais importante fórum dos arquitectos ibero-americanos, procurando a formação e reflexão comuns, a integração de políticas culturais e a difusão das melhores experiências profissionais. O Fluviário de Mora é uma obra conjunta da Teixeira Duarte e da Promontório Arquitectos, que inclui empresas como a Consestudi, firma americana especializada em museus vivos, Turmar, responsável pela captura e entrega dos peixes, e a Y-Dreams, para a concepção multimédia, além da participação de nomes como Pedro Salgado, considerado o melhor ilustrador científico do mundo, e Henrique Cayatte, que produziu o logotipo e a sinalética do edifício.

Fonte: Revista Imobiliária

Nota-Esta informação virá completar o nosso post de 3/05/08.
É sempre agradável para nós dar conhecimento de que o mérito de alguém, foi reconhecido como acontece no momento.
M.A.

Carrinho de esferas ou rolamentos

Como construir (sempre na presença de um adulto)

Material necessário:
  • 1 tábua para servir de base com 60 x 30 cm. Esta medida depende do teu tamanho: senta-te nela (como se o carrinho estivesse pronto) e vê se podes conduzir confortavelmente. Tens de poder esticar bem as pernas como quando tens de virar. Se puderes fazer a frente mais estreita, ficas com mais espaço para curvar.
  • 1 ripa com 5 cm de largo x cerca de 3 cm de altura (em média) para servir de eixo da frente. Deve ter um comprimento de cerca de 60 cm. Se for muito curta, tens dificuldade em fazer as curvas, se for demasiado comprida, "salta-te" o pé ao curvar. Bom é o meio-termo. Experimenta "em seco".
  • 1 ripa com 5 cm de largo x cerca de 3 cm de altura (em média) para servir de eixo de trás
    Deve ter um comprimento ligeiramente maior do que a largura da tábua-base. Não precisa ser do tamanho do eixo da frente, mas se for, não faz mal.
  • 4 rolamentos de tamanho médio - pede-os numa oficina, normalmente dão-nos, porque não têm de ser novos.
  • 1 cordel com cerca de 1 metro (se for preciso menos basta cortar)
  • Pregos médios e grandes (mais de 8) e/ou parafusos
  • 1 parafuso e porca (maior do que a soma das alturas do eixo da frente e da tábua-base, com alguma folga). Se arranjares também quatro anilhas, melhor.

Ferramentas necessárias (idealmente todas estas, mas podes resolver o caso com menos):

  • serrote
  • grosa (lima grossa)
  • martelo
  • berbequim (e broca do tamanho do parafuso)
  • chave de parafusos (se os fores usar)

Nota: se decidires tornar o teu carrinho de esferas mais confortável e/ou decorá-lo, podes fazer um assento, pintar o carro, fazer umas "costas", pôr um sistema de "volante", etc. O que ensinamos aqui é mesmo o mínimo.

Obrigada pela dica

Nos meus tempos de criança, este era um dos meus brinquedos favoritos.

As corridas de carrinhos de esferas valeram-me algumas mazelas e muitas alegrias.

Numa altura em que as brincadeiras eram praticamente todas de rua, bastava escolher uma estrada inclinada e sem trânsito (o que não era difícil), emlá ia a miudagem exibir os seus bólides de vários modelos, cores e tamanhos.

Aqui fica a sugestão para uma corrida um dia destes.

fc

16/05/08

ORIGAMI PARA OS NOSSOS LEITORES MAIS NOVOS


Origami (折り紙) é a arte japonesa de dobrar o papel. A origem da palavra advém do japonês ori (dobrar) kami (papel), que ao juntar as duas palavras a pronúncia fica "origami". Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel.

Mas não é minha intenção fazer uma história completa desta arte de dobragem de papel. Esta pequena informação retirada da Wikipédia é apenas para que, caso ainda não saibam, percebam do que estamos a falar. Arranjem então um papel (se possível com faces de cores diferentes) para começarem a fazer estes pequenos bicharocos que se colocam nos dedos das mãos e servirão para vos divertirdes com os vossos amigos. É só seguir o esquema, mas, se houver necessidade, um adulto dará também uma ajudinha. Bom trabalho…

Como Fazer:


1- Por cada cabeça de animal dobra uma folha seguindo os passos de 1 a 9, conforme indicado. Se tiveres papel com faces de cores diferentes põe a que mais gostares para cima.
2- No passo 6, com a dobragem das laterais, determinas o tamanho da cabeça do bicho.
3- As orelhas podem ser dobradas. (ver a ilustração)
4- Pinta os focinhos dos bicharocos a teu gosto ou como se mostra.

Ficaram giros os bicharocos? Óptimo! Até qualquer dia com outra brincadeira do género.

M.A.



Licença anual para uso de Acendedores e Isqueiros

Era uma licença anual com um valor de 40 Escudos que compensava o Estado pela perda de receitas decorrente da não utilização dos fósforos, que era, nessa altura, um monopólio do Estado.

O Decreto Lei de 1937, corrigido por um Decreto Lei de 1943, referia que "se o delinquente for funcionário do Estado, civil ou militar, ou dos corpos administrativos, a multa de 250 Escudos será elevada para o dobro e o facto comunicado à entidade que sobre ele tiver competência disciplinar.

Das multas pertencerão 70% ao Estado e 30% ao autuante ou participante. Havendo denunciante, pertencerá a este metade da parte que compete ao autuante” !

Consequentemente, havia fiscais das Finanças que controlavam os cidadãos que acendessem isqueiros em publico. No entanto "debaixo de telha" não era necessário dispor da licença. Claro que os estudantes de Coimbra, colocavam uma telha na cabeça quando usavam isqueiros na via pública !


A licença aima apresentada, foi adquirida pelo Dr. Luis Carlos Charters d'Azevedo para o ano de 1953.

15/05/08

Tradutor sempre ao seu dispor......

Escreva e ela fala!

O que a informática já consegue fazer... Apresento-vos os tradutores do futuro!

- abra o link! - mova o rato à volta da cabeça: os olhos seguem o cursor; - ela ou ele pronunciam tudo o que escrever, tendo mesmo em atenção a pontuação (. , ?) - não importa a língua que escolher! Eles falam várias línguas!!

http://www.oddcast.com/home/demos/tts/tts_example.php?sitepal

MOSAICO ROMANO EM OEIRAS



Sabia o leitor que, em Oeiras, na rua das Alcácimas, no nº 38 ( transversal à Rua Cândido dos Reis) existe este mosaico romano? Dele mostramos esta foto parcial segundo um desenho, publicado por Leite de Vasconcelos em 1916.
Descoberto em 1903, este mosaico encontra-se num rés-do-chão de uma casa particular, tendo sido classificado na altura por Leite de Vasconcelos como sendo do tipo opus vermiculatum e polícromo (cores branca, escura, amarelo-alaranjada, encarnada, roxa e cinzenta) Nele estão presentes vários motivos, geométricos e de fantasia.
A presença do mosaico neste local faz supor a existência de uma antiga habitação romana, não se conhecendo , no entanto, o seu tipo e estrutura.
A visita a este mosaico está condicionada à autorização dos proprietários.

Elementos tirados de “Roteiros da Arqueologia Portuguesa”

M.A.

14/05/08

Uma Peça do Museu Nacional de Arte Antiga

Virgem com o Menino


Oficina de mestre Pêro
2º quartel do século XIV
Calcário
Doação (colecção Vilhena),1980
Inv.1087 Esc

A Virgem com o Menino é tradicionalmente atribuída à oficina de Mestre Pêro, figura central na evolução da escultura gótica trecentista em Portugal. Parece incontestável que se trata de artista estrangeiro, talvez de origem aragonesa, como parecem indicar as influências que a sua arte manifesta. Contudo, ignoramos o momento da sua chegada ao reino e a quem se deve a iniciativa de tal deslocação. É possível que tenha vindo por volta de 1330, escassos anos após a morte de D. Dinis (1325), nos primórdios do reinado de D. Afonso IV, seu filho.

A estreita ligação aos meios áulicos portugueses, nomedamente à rainha D. Isabel de Aragão e a D. Vataça, sua dama de companhia, sugere que a sua vinda se pode dever à própria Rainha viúva que, conhecedora do panorama artístico aragonês e catalão e ciente do seu avanço técnico e estilístico, terá mandado vir o escultor para realizar o seu moimento funerário. A chegada deste mestre a Portugal marca uma viragem decisiva no panorama escultórico nacional, quer na escultura funerária, quer na devocional.

Pode, pois, dizer-se que a escultura gótica portuguesa atingiu a sua maioridade com Mestre Pêro. Entre a imaginária avulsa saída da sua oficina a temática principal corresponde à Virgem, o que aliás obedece ao gosto e à sensibilidade da época. Mestre Pêro revela uma clara preferência pelas Virgens em pé, opção exclusiva quando se trata da Senhora do Ó e maioritária quando se trata da Virgem com o Menino que segura no braço esquerdo. Em qualquer das iconografias, tal opção permitiu-lhe explorar o tratamento dos panejamentos e transmitir algum movimento à figura, mais difícil de alcançar nas Virgens sentadas típicas do Românico ou dos primeiros tempos do Gótico, por isso sempre mais hieráticas.

O corpo da Virgem apresenta ligeira torção, adoptando um perfil em S, que confere alguma dinâmica à peça.
De olhos amendoados e um quase sorriso na boca pequena, a Senhora usa coroa florida baixa colocada sobre o véu que deixa ver algumas madeixas de cabelo enquadrando a face arredondada. Traja túnica comprida até aos pés e capa com pregas movimentadas, até abaixo dos joelhos, presa por um firmal com quatro lóbulos, bem à moda da época.
Horários aqui
fc

13/05/08

CALÇADA PORTUGUESA



Não creio que exista alguém cujos olhos nunca tenham pousado nas maravilhas que se desenrolam sob os nossos pés, vulgarmente denominadas por Calçada Portuguesa, ou, por Mosaico Português! Fui procurar elementos para saber como tudo começou e …

Em 1842, o Governador de Armas do Castelo de S. Jorge, Tenente. General Eusébio Pinheiro Furtado, aproveitou mão de obra de presidiários para que fosse feita uma calçada em pedra, inventando assim o que veio mais tarde a chamar-se Calçada Portuguesa. O desenho desta obra resumiu-se a um simples zig-zag nas cores branca e preta, mas o seu sucesso foi tal que proporcionou logo ao referido oficial verba para que a zona do Rossio (8.712 metros quadrados) fosse, logo a seguir, revestida também com a mesma calçada. A ideia fez moda e, a pouco e pouco, refinou-se o sentido artístico que associado à funcionalidade, conjugados por sua vez com as cores das pedras, resultaram numa proliferação de autênticas obras primas nas zonas pedonais do nosso pais. Em pouco tempo, as entradas e pátios dos palácios apareciam igualmente revestidos com este empedrado. Daqui, foi apenas só mais um passo para que a ideia passasse fronteiras e hoje, há no estrangeiro muitos locais onde também se pode admirar a nossa calçada. Em 1986 criou-se mesmo uma escola de formação de calceteiros e sabemos que, inclusivamente, se solicitam os nossos mestres artífices para irem lá fora, quer executar, quer ensinar estes trabalhos.


As pedras usadas são as de origem calcária e basáltica, muito vulgarmente nas cores preta e branca, e com menos frequência, as vermelhas e castanhas. No Brasil, aparecem também as azuis e verdes.
A sua execução é basicamente um motivo desenhado no solo, preenchido com pequenas pedras. Por vezes como suporte, usam-se moldes de madeira com o feitio do desenho que se pretende reproduzir e que, uma vez assentes sobre uma camada de areia, são depois pacientemente revestidos com as pedras. Estes moldes têm a vantagem de servirem para multiplicar o motivo várias vezes, sempre com mesmas dimensões. Por vezes, o calceteiro aconchega a pedra na mão esquerda e com a ferramenta, (um pequeno martelo onde uma das pontas é aguçada ) num golpe seco, parte-a ao jeito do contorno do desenho onde encaixará. Depois, todo o campo circundante é preenchido com pedra de cor diferente. Por fim é espalhada mais areia e água e bem calcada, com um maço, toda a superfície.
Da autoria de Sérgio Stichini, foi inaugurado em Dezº de 2006, um monumento ao calceteiro. Fica em Lx, na Rua da Victória, entre as Ruas da Prata e Douradores.
Cesário Verde também se lhes referiu no seu poema “Cristalizações”.
Na pesquisa pela Net encontrei duas quadras, de sabor popular, com que finalizarei este pequeno apontamento. O nome Tony ( talvez um calceteiro?) é seu autor:

Lembrai-vos desta arte,
Penso que tem defesa!
Aparece em toda a parte,
Pois ela é bem portuguesa.

Quis sobretudo ser franco,
Fala aberto o coração!
Trabalho o preto e o branco,
Sou um ourives do chão.
M.A.

12/05/08

ALGARISMOS

Todos aprendemos na escola primária a escrever a numeração romana I,II,V, X, L, etc. etc..
Sabemos todos também que são denominados árabes os algarismos de 0 até 9 mas, talvez ignoremos é que eles já eram usados muito antes, pelos fenícios, nas suas operações comerciais. Mas porque será que cada algarismo árabe (ou fenício) tomou determinada forma de escrita? Ao que parece isso estará relacionado com o nº. de ângulos que, na sua forma primitiva se encontrava em cada um deles.
Explicando melhor:

O algarismo 0 corresponde a nenhum ângulo
O algarismo 1 corresponde a um ângulo
O algarismo 2 corresponde a dois ângulos
O algarismo 3 corresponde a três ângulos, etc.

Melhor se vai compreender olhando a imagem seguinte e contando então os ângulos em cada figura:

Curioso não acham?

M.A.


COLECCIONAR CACHIMBOS DE PORCELANA



Todas as colecções têm uma história, desde a forma como nasceram até ao modo como vão sendo enriquecidas. Mas esta colecção de cachimbos de porcelana, alemães tem uma origem e e um percurso deveras curioso.





O sogro de Eduardo Iglésias era estudante universitário em Bruxelas quando deflagrou a I Guerra Mundial (1914/1918). Com seu irmão mais velho alistou-se no Corpo expedicionário Português (CEP) enviado para Flandres par combater os Impérios Alemão e Autro-Hungaro. Feitos prisioneiros pelos alemães, “ preenchiam os seus ócios lendo e desenhando enquanto exalavam fumaças nuns cachimbos originais que tinham conseguido arranjar”, recorda o coleccionador.



Estes artefactos eram compostos de três peças: um fornilho de porcelana fina decorada, uma extensão, em geral feita de um pedaço de ramo de árvore, perfurado, com uma boquilha de baquelite na ponta e uma peça de porcelana, por vezes também ornamentada, que unia estes dois elementos. Como não havia tabaco fumavam folhas e plantas secas.




Quando os dois irmãos foram repatriados, trouxeram os cachimbos. “Já só conheci o fornilho, pelo qual também me enamorei nas visitas a casa do que viria a ser meu sogro, que mo ofereceu em 1953. O irmão deu-me o dele no ano seguinte”. E assim se tornou ‘caçador obstinado’ de cachimbos de porcelana.
Não sou fumador-confessa Eduardo Iglésias-mas continuo na busca, seduzido pela elegância das formas, beleza das decorações, qualidade das porcelanas e variedade de pormenores dos temas figurados.
Vive de olhos abertos e perscrutadores a prolongar vivências, sonhos e histórias.

(Excerto do texto e fotos retirados de “Club do Coleccionador”)

M.A.

11/05/08

O 1º automóvel em Portugal


O primeiro automóvel a chegar a Portugal foi um veículo da marca Panhard-Levassor tendo sido importado de Paris pelo 4º Conde de Avilez, em 1895.

Na alfândega de Lisboa, ao decidirem a taxa a aplicar, hesitam entre considerar aquele estranho objecto máquina agrícola ou máquina movida a vapor. Acabam por se decidir por esta última.

Este veículo ficaria também para a história por um acontecimento insólito: logo na sua primeira viagem, entre Lisboa e Santiago do Cacém, ocorreria o primeiro acidente de viação em Portugal, tendo por vítima um burro, atropelado a meio do percurso.

A primeira lei de trânsito chamava-se Lei da Bandeira Vermelha e foi promulgada em 1836, na Inglaterra. Além de limitar a dez quilometros por hora a velocidade máxima, obrigava a que o carro fosse precedido por um homem que acenava com uma bandeira vermelha e tocava uma corneta, para alertar os pedestres da aproximação do veículo. Este aviso era feito a 60 metros de distância.
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MUSEU DO ORIENTE


Saiba tudo aqui
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10/05/08

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE


Catulo da Paixão Cearense (São Luís do Maranhão, 8 de outubro de 1863Rio de Janeiro, 10 de maio de 1946) foi um teatrólogo, poeta, músico, compositor e cantor brasileiro.
Mudou-se para o Rio em 1880, aos 12 anos, com a família. Trabalhou como relojoeiro. Conheceu vários chorões da época, como Anacleto de Medeiros e Viriato Figueira da Silva, quando se iniciou na música. Integrado nos meios boêmicos da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época.
Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias. Vivia despreocupado, pois era boêmio, e morreu na pobreza.
Suas mais famosas composições são Luar do Sertão, de 1908, que na opinião de Pedro Lessa é o hino nacional do sertanejo brasileiro, e Flor amorosa (sem data). Também o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade carioca e pela reforma da ´modinha´.

(Elementos retirados da Wikipédia)

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Pessoalmente, gosto bastante deste poeta e pretendo portanto deixar esta minha homenagem no aniversário da sua morte, relembrando justamente:


LUAR DO SERTÃO

Não há ó gente, oh não
Luar como este do sertão…

Oh que saudade do luar da minha terra,
Lá na serra, branquejando
Folhas secas pelo chão.
Esse luar cá da cidade tão escuro,
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão.

Se a lua nasce, por de trás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão.
A gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia
A nos nascer do coração.

Se Deus me ouvisse
Com amor e caridade
Me faria essa vontade
O ideal do coração:
Era que a morte
A cantar, me surpreendesse
E eu morresse, numa noite
De luar do meu sertão…


M.A.

09/05/08

IGREJA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, EM FÁTIMA


Foi inaugurado, no dia 12 de Outubro de2007, integrado nas comemorações do 90º Aniversário das Aparições, este novo Templo, que pelo tamanho que tem, ficou a ocupar o 4º lugar mundial.
Aproximamo-nos desta Basílica sem sentir nela nenhuma imponência dado que, parte da sua construção está no sub solo e, a sua altura visível é apenas de cerca de 15 metros . É uma edificação de forma cilíndrica, feita com pedra da região, apenas quebrada diametralmente por uma estrutura que se prolonga sobre e, para a frente, da porta principal. O acesso ao interior faz-se por 13 portas em bronze, sendo uma, maior que as outras, simbolizando Deus e, as demais, dedicadas a cada um dos doze apóstolos.


Ainda no exterior, a nossa atenção volta-se para um imponente crucifixo colocado à nossa esquerda. É uma peça super estilizada, de 34 m de altura, em aço corten e, foi seu autor um alemão de nome Robert Schad. Esta cruz, substituiu aquela outra denominada Cruz Alta, que durante anos serviu de ponto de encontro aos peregrinos e que, está agora no Santuário de Cristo Rei, em Almada.. Perto há também algumas estátuas de que não irei falar hoje.



Quando nos encaminhamos para a entrada damos conta que algo “esvoaça” sobre nós. Três ou quatro “véus” presos pelos cantos, formam como que um dossel, translúcido. Neles se conjugam Anjos e sombras e podemos ler a frase “VENITE ADOREM” ( Vinde e Adoremos).É criação da cipriota Maria Luizidou. O Sol ajuda a criar efeitos lindíssimos neste conjunto e, esta fotógrafa amadora, deixa-vos aqui, disso, uma pálida amostra…


A Porta Principal é constituída por 4 folhas inteiras de bronze, com 2m x 8m.cada. Ladeiam-na dois Painéis em vidro com 14m x 4m, onde, em 25 línguas estão gravados os textos principais da História Sagrada, relativos à Santíssima Trindade. Sobre os vidros estão placas de cobre, com gravações de Pedro Calapez, relativas aos 5 Mistérios do Rosário.





Uma vez dentro da nave, somos invadidos por uma agradável impressão de luz, espaço, harmonia e, sobretudo, simplicidade de formas. Como nota forte de cor, vemos apenas um painel de 500 m2 por trás do altar. Direi que, neste momento, somente senti falta de um fundo musical que ajudasse a uma mais perfeita conjugação destes elementos. O painel a que me referi é em ouro e terracota, denomina-se “Chamamento Universal da Igreja” e é seu Autor o Padre Jesuíta esloveno Marco Ivan Rupnik. Não vou pormenorizar o tema, para não alongar este relato. À esquerda está uma escultura da Virgem, com 3 m de altura, em mármore de Carrara , cujo autor foi Benedetto Pietrogrande, de Itália. Ao centro, suspenso sobre o altar-mor vê-se um Cristo, em bronze, com 7,5 m. Sua autora a irlandesa Catherine Green. Como nota especial quero dizer que, embutida no altar mor, está uma caixa em prata, contendo um fragmento de pedra do túmulo de S. Pedro. Foi oferecido por João Paulo II, em Março de 2004, apenas um mês depois do início das obras desta Igreja.
Curiosamente não há degraus, o pavimento vai inclinando em direcção ao altar e, os assentos , colocados em semi círculo, permitem uma visão perfeita a quem ocupe qualquer deles. Dizem-nos que há 8.633 lugares sentados e ainda 79 destinados a deficientes. A acústica mereceu também uma atenção especial.
O tecto, tem uma cobertura de painéis em tecido que criam uma luminosidade agradável. É privilegiada a luz natural e, um sistema computorizado permite mudar a sua incidência para diferentes lugares e escolher a intensidade mais adequada. A propósito, lí, que o Arquitecto Alexandros Tombazis , autor desta obra disse : _”Um projecto de uma Igreja tem 10% de espaços e 90% de espiritualidade e, na espiritualidade, a luz é fundamental”. Achei bastante curioso este seu conceito de arquitectura e, identifico-me com essa mesma ideia.
Retornando ao exterior temos, defronte, o complemento da Basílica a que chamam Reconciliação. É o espaço destinado à recepção dos peregrinos. Trata-se de um conjunto de três capelas , uma sala de convívio, confessionários e zonas de circulação. .Aqui, podemos admirar, de Siza Vieira, um painel de azulejos dedicado a S.Pedro e S.Paulo. Do lado oposto ao painel, dois espelhos de água, a céu aberto, são denominados Baptismo e Criação.
Num apontamento deste género, tive que resumir tudo quanto vi e estou a compartilhar convosco. Se vos despertei interesse em lá irdes, pelo menos, já levareis alguma informação e, assim, a vossa visita tornar-se-á um pouco mais completa.

M.A.



LEGO E TOYS "R"US FORMAM PARCERIA PARA ENCONTRAR O LEGO BOY PORTUGUÊS



No ano em que se comemoram 50 anos da criação do tijolo LEGO, a marca realiza um evento internacional onde, dezenas de países serão representados por meninos até aos 12 anos. Em Portugal, foi desenvolvida uma parceria com a Toys “R” Us para encontrar o verdadeiro LEGO Boy Português.
Para os nossos amiguinhos mais pequenos aqui temos uma boa notícia: Se forem seleccionados irão até à Dinamarca com a sua família.
Mãos à obra! Só terão que construir um lindo e imaginativo bolo de anos com tijolos Lego numa das lojas Toys “R” Us, nos dias 10 e 11 de Maio.

Para mais informações contactar:
Márcia Cardoso e Liliana Ferreira
ADBDCommunicare, Consultores AssociadosAv. da Igreja, 42, 10º Esq1700-239 LisboaTel. + 351 21 781 72 90 Fax. + 351 21 781 72 99

M.A.

08/05/08

SOPA DA PEDRA

Um frade pobre, que andava em peregrinação, chegou a uma casa e orgulhoso demais para simplesmente pedir comida, pediu aos donos da casa que lhe emprestassem uma panela para ele preparar uma sopa – de pedra... E tirou do seu bornal uma bela pedra lisa e bem lavada. Os donos da casa ficaram curiosos e, de imediato, deixaram entrar o frade para a cozinha e deram-lhe a panela. O frade colocou a panela ao lume só com a pedra, mas logo disse que era preciso temperar a sopa... A dona da casa deu-lhe o sal, mas ele sugeriu que era melhor se fosse um bocado de chouriço ou toucinho. E lá foi o unto para junto da pedra. Então, o frade perguntou se não tinham qualquer coisa para engrossar a sopa , como batatas ou feijão que tivessem restado da refeição anterior... Assim se engrossou a sopa “de pedra”. Juntaram-se couves, cenouras, mais a carne que estava junta com o feijão e, evidentemente, resultou numa excelente sopa.

Comeram juntos a sopa e, no final, o frade retirou cuidadosamente a pedra da panela, lavou-a e voltou a guardá-la no seu bornal... para a sopa seguinte!

Já agora a receita:

(Para 8 a 10 pessoas)
1 litro de feijão encarnado ;
1 orelha de porco ;
1 chouriço negro (de sangue da região) ;
1 chouriço de carne ;
150 g de toucinho entremeado ;
750 g de batatas ;
2 cebolas ;
2 dentes de alho ;
1 folha de louro ;
1 molho de coentros ;
sal e pimenta

Preparação

Ponha o feijão a demolhar de um dia para o outro. De véspera, escalde e raspe a orelha de porco de modo a ficar bem limpa. No próprio dia, leve o feijão a cozer em água, juntamente com a orelha, os enchidos, o toucinho, as cebolas, os dentes de alho e o louro. Tempere de sal e pimenta. Junte mais água, se for necessário. Quando as carnes e os enchidos estiverem cozidos, tire-os do lume e corte-os em bocados. Junte, então, à panela as batatas, cortadas em cubinhos e os coentros bem picados.
Deixe ferver lentamente até a batata estar cozida. Tire a panela do lume e introduza as carnes previamente cortadas. No fundo da terrina onde vai servir a sopa coloque uma pedra bem lavada.

fc

Curiosidade - o que é?


A curiosidade é a capacidade natural e inata da inquiribilidade, evidente pela observação de muitas espécies animais, e no aspecto dos seres vivos que engendra a exploração, a investigação a aprendizagem. A curiosidade faz com que um ser explore o universo ao seu redor compilando e adicionando novas informações às que já possui.

A curiosidade humana é o desejo do ser humano de ver ou conhecer algo até então desconhecido. Alguns termos populares podem designar alguém demasiadamente curioso: xereta, bicão, intruso, intrujão etc.

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07/05/08

CONVIDO A CONHECER

CASTELO NOVO

VISTA GERAL DE CASTELO NOVO

Quando íamos a caminho de Alvoco da Serra fizemos uma paragem na aldeia de Castelo Novo, situada da vertente leste da Serra da Gardunha, concelho do Fundão, distrito de castelo Branco. É uma das Aldeias Históricas de Portugal. Pesquisando a sua origem, parece que a edificação do seu castelo, ordenada por D.Sancho I entre 1202 / 1208, deu motivo a que começasse logo a nascer uma povoação em seu redor. O primeiro alcaide do castelo terá sido D. Pedro Guterres e, estas terras foram doações feitas pelos monarcas portugueses à Ordem dos Templários, depois chamada Ordem de Cristo, para, na Beira, ficar assegurada a posse dos domínios conquistados aos muçulmanos no Sec. XIII.
Sabe-se, por documentos encontrados, que no reinado de D.Dinis se fizeram obras no castelo. Depois, já no reinado de D. Manuel I, para novas melhorias, foi para ali um escudeiro real acompanhado de um mestre de obras castelhano. Parece que as coisas azedaram entre os dois e o castelhano teve mesmo que se refugiar na igreja, de lá pedindo clemência ao monarca, que interveio serenando os ânimos e permitindo que o castelhano continuasse o trabalho interrompido. No entanto, o terramoto de 1755 fez tais estragos no castelo que, hoje, pouco dele subsiste, para além da Torre de Menagem.


















No largo por onde se entra em Castelo Novo logo se destaca um monumento barroco, em granito, com pedra de armas de D. João V, denominado Chafariz da Bica. Sobe-se para ele por uns degraus e rodeiam-no alguns bancos e algumas árvores. Daqui, partimos para a visita à aldeia e, a cada passo encontramos motivo para novas paragens. São vários os edifícios com marca de terem sido habitados por gente senhorial e muitos mais os exemplos da típica construção beirã, de granito e sem reboco, que são justamente a imagem de marca desta histórica aldeia.










No Largo do Município vemos um edifício quinhentista, os Antigos Paços do Concelho, e junto a este mais um Chafariz também do período barroco. No centro da praça está um Pelourinho manuelino bastante bonito. Do lado oposto mais uma casa senhorial, datada de 1716, o Solar dos Gamboas.
Continuando o percurso chegamos à Igreja Matriz que não pudemos visitar por se encontrar fechada.. Este edifício, embora remontando ao período medieval foi totalmente remodelado no Sec XVIII. É dedicado à Nª. Srª. Das Graças, orago da aldeia.
Além deste, existem outros templos, a Igreja da Misericórdia, construção do Sec XVII, uma capela medieval, dedicada a Santo António e outra a S. Brás. Como memória da antiga vida comunal , subsiste a Lagariça, um lagar talhado na rocha onde durante séculos terão sido pisadas as uvas dos habitantes da aldeia. Muitas outras descobertas interessantes fará o leitor quando tiver oportunidade de lá ir também.

GIESTAS EM FLOR PERTO DE CASTELO NOVO

Impõe-se agora, salientar igualmente, o asseio e o constante verde e colorido das flores que alindam ainda mais esta terra. Encanto este que fica, mesmo assim, aquém do da cortesia das pessoas com quem nos fomos encontrando e falando. Mais uma vez me pareceu estar num mundo diferente, desprovido de desconfianças, onde o sorriso é moeda corrente e nos tratam como se nos conhecessem de há longo tempo. Uma senhora, em jeito de “confidência” ofereceu-nos até a sua casa, caso “tivéssemos alguma necessidade premente”… Gostei de conhecer gente assim e, acreditem, todo o nosso grupo ( éramos 16 ) se manifestou muito bem impressionados com esta visita .

M.A.

06/05/08

Aliança, mãos e dedos

Parece que o costume de usar aliança vem desde a Civilização egípcia e terão sido os Faraós os primeiros a usarem círculos de ferro no dedo anelar da mão esquerda como alegoria da Eternidade, isto pela crença de que, desse dedo, partia uma veia directa ao coração. No entanto, associada ao compromisso de honrar um contrato de casamento a aliança só apareceu popularizada pelos romanos. Os metais nobres e as pedras preciosas apenas se tornaram moda já na época Medieval.


A troca de alianças nos casamentos das religiões de várias culturas digamos que sela o compromisso que os noivos tomam, entre si nesse dia. A aliança no casamento católico, a partir do Papa Nicolas I passou a significar, simultaneamente, um acordo de união de afecto e também legal..É geralmente feita em ouro e usada no anelar da mão esquerda, mas, por exemplo, na Espanha e Áustria , pelo contrário, são colocadas no anelar da mão direita.

Tradicionalmente gravam-se nas alianças os nomes dos noivos e a data da celebração do casamento.Só após a Concordata de 1940, entre a santa Sé e o Estado Português é que se passou a fazer também troca de alianças nos casamentos civis.
Como curiosidade, na Irlanda, as alianças Claddagh, mostram também alguns outros símbolos: um coração significa amor, uma coroa, eternidade,
mãos apertadas, simbolizam amizade.

As alianças de casamento judias são um simples aro de ouro, contínuo que significa uma união pura e eterna.

As alianças de casamento russas têm três anéis entrelaçados que representam a Santíssima Trindade e cada um deles pode ter um tipo de ouro diferente, rosa, branco e amarelo.

Já agora, porque estamos dentro do tema, veja este pequeno filme sobre os dedos.....



Os polegares são os pais

Os indicadores são os irmãos e irmãs


Os médios somos nós mesmos

Os anelares são o marido/mulher

Os mindinhos são os filhos.

Quando se juntam os dedos como se mostra,

conseguimos separar todos os outros porque

não é suposto que os pais vivam sempre connosco,

nem os irmãos, nem os filhos...

Só não se consegue separar os anelares

Aqui ficou, para os nossos leitores interessados, um breve conjunto de notas e curiosidades sobre o uso da aliança.

M.A.

05/05/08

Um pouco de Literatura Portuguesa - Cantigas de Amigo

Fragmento de canções do rei D. Dinis, descoberto pelo Prof. Harvey L. Sharrer. IAN/Torre do Tombo.

São cantigas de origem popular, com marcas evidentes da literatura oral (reiterações, paralelismo, refrão, estribilho), recursos esses próprios dos textos para serem cantados e que propiciam facilidade na memorização. Esses recursos são utilizados, ainda hoje, nas canções populares. Este tipo de cantiga, que não surgiu em Provença como as outras, teve suas origens na Península Ibérica. Nela, o eu-lírico é uma mulher (mas o autor era masculino, devido à sociedade feudal e o restrito acesso ao conhecimento da época), que canta seu amor pelo amigo (amigo = namorado), muitas vezes em ambiente natural, e muitas vezes também em diálogo com a sua mãe ou as suas amigas. A figura feminina que as cantigas de amigo desenham é, pois, a da jovem que se inicia no universo do amor, por vezes lamentando a ausência do amado, por vezes cantando a sua alegria pelo próximo encontro.
(Reiterações- repetiões, renovações)
(Paralelismo -
é um encadeamento de orações, ideias)
(Refrão e estribilho - Verso ou versos que se repetem no final de cada estância de uma poesia, refrão. O estribilho é um recurso frequente na poesia popular)


Cantiga de Amigo escrita pelo rei D Dinis
"Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"
fc

04/05/08

TRIBUTO ÀS MÃES

Existirem mães,
Isso é um caso sério.
Afirmam que a mãe
Atrapalha tudo.
É facto, ela prende
Os erros da gente,
E era bem melhor
Não existir mãe.
Mas em todo o caso
Quando a vida está
Mais dura, mais vida,
Ninguém como a mãe
P’ ra aguentar a gente
Escondendo a cara
Entre os joelhos dela.
_O que você tem?...
Ela bem que sabe
Porém a pergunta
É p’ ra disfarçar.
Você mente muito
Ela faz que aceita,
E a desgraça vira
Mistério p’ ra dois.
Não vê que uma amante
Nem outra mulher
Entende a verdade
Que a gente confessa
Por trás das mentiras!
Só mesmo uma mãe...
Só mesmo essa dona
Que apesar de ter
A cara raivosa
Do filho entre os seios
Marcando-lhe a carne
Sentindo-lhe os cheiros,
Permanece virgem,
E o filho também...
Oh vírgens perdei-vos,
P’ ra terdes direito
A essa virgindade
Que só as mães têm!


Poema-Mário de Andrade (bras.)
Escultura-Bruno Lucchesi ( itali.)

M.A.

03/05/08

CONVIDO A CONHECER

FLUVIÁRIO DE MORA


Desta vez venho desafiá-los a irem até Mora, no Alentejo, mais propriamente a Cabeção, que fica a cerca de 100 Klm de Lisboa e mesmo ao lado do Parque Ecológico do Gameiro. Iremos fazer uma visita ao Fluviário, que é nem mais nem menos que um conjunto de aquários e espaços envolventes, onde poderemos fazer a viajem entre a nascente e a foz de um rio Ibérico.


Ali teremos oportunidade de observar diferentes tipos de habitats e as espécies animais e vegetais que ali podem viver adaptados ao meio.


Encontramos também espécies já desaparecidas dos nossos rios, como o esturjão outras que, estando perto disso, como o pequeno peixe saramugo, precisam de uma maior atenção do homem para continuarem a existir. Como é evidente todas elas são importantes e necessárias para o equilíbrio dos ecossistemas.


Podemos igualmente encontrar espécies, também de água doce, mas oriundas de outros locais do mundo, como a bacia amazónica, tais como o pacú-negro, a piranha, a anaconda, também conhecida como sucuri. Esta última, quem não se lembra de ouvir falar tanto dela na telenovela “O Pantanal”?…
Dos grandes lagos africanos vieram a enguia-dinossauro, ciclídeos, o peixe gato, etc.


Deixo-vos algumas fotos como aliciante a esta visita a rios e lagos. Gostaria de ter fotografado também as duas lontras que ali estão, chamadas Cristiano Ronaldo e Mariza, mas, a verdade, é que talvez por estarem na hora da sua sesta, não se dignaram aparecer.
O Fluviário de Mora foi inaugurado em 21 de Março de 2007, está aberto todos os dias do ano, (das 10 às 19 H. de Verão e das 10 às 17 H. de Inverno) e sabemos que o seu número de visitantes já ultrapassou os 210 mil, o que é bem elucidativo do seu interesse.

M.A.

02/05/08

Bordado de Castelo Branco

De inspiração oriental, o bordado de Castelo Branco é conhecidas, pelo menos, a partir de meados do século XVI.Os seus elementos decorativos têm simbologia singular. Assim, a albarrada representa o lar e a árvore da vida; os pássaros juntos os desposados, quando não estão representados por simbólicos bonecos; os encadeados, a cadeia indestrutível do matrimónio; os cravos representam o Homem, e as rosas a Mulher; os lírios, a Virtude; os corações, o Amor; as gavinhas, a Amizade; a hera, a firme afeição; os jasmins, a virtude da castidade; as romãs e as pinhas, a solidariedade e união da família; os frangos e os galaripos, a prole bendita; e os lagartos, os amuletos da felicidade tão desejada.
No atelier de artes da SIMECQ, pode vir aprender a fazer estes nobres e belos bordados, com a monitora e responsável do Atelier, Francisca Carvalho.
Vejam estes dois exemplares, um já concluído e em utilização plena em casa da aluna, e outro ainda de outra aluna, em fase de execução.















Mais informações sobre estes bordados aqui e aqui


FC

01/05/08

Hoje é Dia da Espiga ou 5ª Feira de Espiga

O Dia da espiga ou Quinta-feira da espiga é celebrado no dia da Quinta-feira da Ascensão com um passeio matinal, em que se colhe espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para formar um ramo, a que se chama de espiga. Segundo a tradição o ramo deve ser colocado por detrás da porta de entrada, e só deve ser substituído por um novo no dia da espiga do ano seguinte. As várias plantas que compõem a espiga têm um valor simbólico profano e um valor religioso. Crê-se que esta celebração tenha origem nas antigas tradições pagãs e esteja ligada à tradição dos Maios e das Maias.

O dia da espiga era também o "dia da hora" e considerado "o dia mais santo do ano", um dia em que não se devia trabalhar. Era chamado o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas se cruzam". Era nessa hora que se colhiam as plantas para fazero ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais. Em dias de trovoadas queimava-se um pouco da espiga no fogo da lareira para afastar os raios.

A simbologia por detrás das plantas que formam o ramo de espiga:

Espiga – pão

Malmequer – ouro e prata

Papoila – amor e vida

Oliveira – azeite e paz

Videira – vinho e alegria

Alecrim – saúde e força.

Eu não saí para ir apanhar a espiga, mas comprei-a e fico contente na mesma. E segundo a tradição da minha terra, ela deve ser guardada juntamente com uma moeda e com um pão do dia. E não é que este pão não ganha bolor nunca.......! Experimentem.....

fc

"A PORTUGUESA"


Alfredo Keil terá composto “A PORTUGUESA” na noite de Domingo de 12 de Janeiro de 1890, em protesto e indignação contra o Ultimato Inglês divulgado na véspera, ao país.

A seu pedido, Henrique Lopes de Mendonça (a) criou os versos. Ambos afirmariam mais tarde que a Marcha serviria, “tanto pela beleza da sua melodia como pelo vigor das palavras, para ser cantada nas horas solenes da nossa vida patriótica”. E foi na verdade o que veio a acontecer.
Rapidamente esta Marcha se difundiu, não só dentro como fora do País. Sempre que tocada, era notório o agrado que despertava. Inclusivamente, passou a ser distribuida gratuitamente a quem a solicitasse.
Entretanto, alguém fez correr a ideia de que nela se encobriam intentos revolucionários. Para evitar as consequências que daí poderiam advir, resolveram, os seus autores, numa longa carta publicada em 27 de Abril, no jornal “O Século”, demarcarem-se de quaisquer apropriações políticas e salientar apenas a intenção patriótica da Marcha. Na mesma altura, a expensas suas, Keil mandou afixar 50 cartazes da mesma, em vários locais de Lx.
Tempos mais tarde, na manhã de 5 de Outubro de 1910, foi ao som de “A PORTUGUESA”, tocada pela Banda de Caçadores 5, que as Forças Republicanas desfilaram pelas ruas de Lx. Em seguida a Implantação da República já lhe chamou Hino Nacional e, em 17 de Novembro o Ministro da Guerra do Governo Provisório resolveu torná-lo oficial. Porém, a consagração de “A PORTUGUESA” como Hino Nacional só surgiu, realmente, em 19 de Junho de 1911, proclamada na primeira sessão da Assembleia Nacional Constituinte.
Sem dúvida que nos devemos orgulhar do nosso Hino que é um dos mais bonitos jamais compostos. Geralmente só é cantada a primeira estrofe mas, “A Portuguesa” tem efectivamente três estrofes. Não vou aqui transcrevê-las para não tornar demasiado extenso este apontamento, mas, convido os leitores a que procurem ler esse bonito poema e, nele atentem bem, para avaliar quão intenso ali se exprime o fervor patriótico que inspirou o seu autor.

( a ) Como curiosidade, este ilustre oficial de marinha viveu vários anos na Cruz Quebrada.
M.A.
Sociedade de Instrução Musical e Escolar Cruz Quebradense

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